Alta da taxa de juros do crédito imobiliário pela Caixa gera preocupação no setor da construção civil

Transformações na zona portuária do Rio com o projeto Porto Maravilha. Na foto,condomínio Rio Wonder. — Foto: Márcia Foletto

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GERADO EM: 07/01/2025 - 19:20

"Alta da taxa de juros preocupa construção civil"

A alta da taxa de juros do crédito imobiliário pela Caixa preocupa a construção civil. Construtoras temem impacto nas vendas,especialmente para a classe média. CEO da Aros Inc. aponta que imóveis de médio padrão serão mais afetados. CEO da B.Fabbriani destaca necessidade de alternativas de financiamento.

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A elevação das taxas de juros do crédito imobiliário com recursos da poupança pela Caixa Econômica Federal trouxe inquietação para o mercado imobiliário e da construção civil. Desde o dia 2 de janeiro,a taxa cobrada subiu de um a dois pontos percentuais,a depender da modalidade.

Porto Alegre foi a capital com maior alta anual dos aluguéis em 2024,segundo FGV: As inundações na cidade pressionaram os preços,que chegaram a subir mais de 20% em setembro,mostram dados do IvarInflação: O que Haddad fala sobre a expectativa de queda nos preços dos alimentos

O blog foi ouvir algumas construtoras e incorporadoras. A CEO da Riooito Incorporações,Mariliza Fontes Pereira,demonstrou preocupação com as mudanças. Ela destacou que as altas taxas de juros afastam potenciais compradores,sobretudo aqueles que dependem de financiamento.

- Quem pretende comprar um imóvel financiado fica com medo de entrar numa taxa de juros de dois dígitos. A prestação fica muito pesada,e a pessoa não consegue pagar. Nesse cenário,ainda é mais barato ficar no aluguel. Isso afeta toda a cadeia da construção civil,que é um setor produtivo essencial para o país.

Para Ricardo Affonseca,CEO da Aros Inc.,a decisão impactará de forma desigual os segmentos do mercado: afetará pouco os imóveis de alto padrão e muito os de médio.

- A demanda do mercado imobiliário é inversamente proporcional à taxa de juros. Certamente haverá menos demanda para absorver as ofertas. Porém,o setor de altíssimo padrão será o menos afetado,pois é inelástico. Já a classe média será bem impactada,e os lançamentos vão diminuir muito. Existe,inclusive,o risco de famílias da classe média migrarem para o setor econômico,pressionando ainda mais o programa Minha Casa,Minha Vida.

Bruno Fabbriani,CEO da B.Fabbriani,ressaltou que a decisão restritiva prejudica a evolução do mercado imobiliário. O movimento de queda da poupança e do FGTS,que são os principais vetores de funding à produção e ao financiamento imobiliário dos bancos tradicionais,já vem reduzindo de muitos anos para cá.

- O mercado de capitais é uma alternativa que vem sendo usada cada vez mais pelos incorporadores e pelos clientes,tanto para financiar a produção quanto para adquirir o imóvel. Os produtos financeiros ainda têm muito para melhorar e amadurecer,mas é um caminho sem volta para dar mais opções ao mercado imobiliário.

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