Motorista de aplicativo morto pela milícia na Zona Oeste do Rio usava tornozeleira eletrônica

Carro onde motoristas foi baleado em Campo Grande,na Zona Oeste — Foto: Reprodução

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GERADO EM: 18/11/2024 - 18:46

Motorista de aplicativo morto por milícia no Rio em prisão domiciliar

Motorista de aplicativo morto pela milícia no Rio usava tornozeleira eletrônica e estava em prisão domiciliar. Ataque resultou em sua morte e deixou dois feridos. Vítima tinha histórico criminal e era investigada por crimes graves. Polícia investiga o caso.

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A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o motorista de aplicativo William Pereira da Silva,de 49 anos,era o principal alvo de um ataque ocorrido,no último sábado,quando o carro que dirigia foi alvo de tiros de fuzil disparados por milicianos,na Favela da Carobinha,em Campo Grande,na Zona Oeste do Rio. A ação deixou ainda duas pessoas feridas. Um corpo que pode ser o de William foi encontrado carbonizado,neste domingo,na Vila Kennedy,em Bangu,numa área que conta com territórios controlados pelo tráfico. Investigado por crimes de ocultação de cadáver,homicídio e constituição de milícia,o motorista assassinado usava um tornozeleira eletrônica e estava em regime de prisão albergue domiciliar por conta de outros crimes.

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O motorista de aplicativo William Pereira da Silva foi morto em um ataque de criminosos em Campo Grande — Foto: Reprodução

Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária,William havia deixado o Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho,no dia 7 de julho de 2023,após conseguir o benefício de progressão de pena. Ele havia dado entrada no sistema penitenciário,em 2011,após ser condenado a mais de 20 anos de prisão.

Na época,William foi acusado de integrar uma milícia que,em 2009,atacou um Destacamento de Policiamento Ostensivo da PM,em Itaboraí. Durante a ação,um policial foi assassinado. Em dezembro de 2010,ele foi julgado e considerado culpado por participar de crimes de latrocínio tentado,porte ilegal de arma de fogo e formação de quadrilha.

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Neste sábado,William dirigia um carro de aplicativo levando quatro pessoas,dois adultos e duas crianças,quando homens armados de fuzis ordenaram a parada do veículo,numa das áreas da comunidade. Ele não atendeu a ordem e acelerou o automóvel. Os paramilitares então dispararam tiros. Atingido,o motorista não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O carro ainda bateu contra um muro de uma igreja. A PM foi chamada,mas ao chegar ao local não encontrou o corpo do motorista,que teria sido retirado do local pelos próprios milicianos. Um casal que viajava no automóvel acompanhado de duas crianças ficou ferido. A dupla foi levada para o Hospital Albert Schweitzer,em Realengo,onde está internada em estado estável.

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Segundo informações preliminares recebidas pela polícia,William levava os passageiros para uma festa de aniversário,quando o veículo foi abordado por milicianos. O carro onde as vítimas estavam foi localizado pela Polícia Militar em uma rua da Carobinha. O caso está investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.

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