Insegurança não poupa nem arredores de condomínio do governador Cláudio Castro, na Barra da Tijuca

O condomínio Península: moradores preocupados com segurança nos arredores — Foto: Reproduçao

Ser vizinho do governador Cláudio Castro não é sinônimo de segurança. Ao contrário. Os assaltos recorrentes,após o anoitecer nas proximidades do Península,na Barra da Tijuca,Zona Oeste do Rio,estão apavorando os moradores. Diante do medo,eles decidiram criar,há uma semana,uma petição virtual,solicitando policiamento para os arredores do condomínio,que já tinha reunido mais de 800 assinaturas nos três primeiros dias,conforme informou Ancelmo Gois,em seu blog no site do GLOBO.

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No domingo retrasado,uma moradora,que pediu anonimato,presenciou um assalto ao lado do BarraShopping,por volta das 20h,quando estava a caminho do VillageMall:

— Por sorte,o sinal logo abriu. Nem cheguei a frear totalmente o carro. Só reduzi a velocidade,mas foi o suficiente para ver um homem armado em pé,na lateral do veículo na pista ao lado. A reação foi de acelerar e ir embora o mais rapidamente possível. A gente vive todos os dias com essa sensação de medo e impotência.

O trecho que mais preocupa é a via que liga o BarraShopping e o VillageMall até o condomínio. Segundo moradores,os assaltos ocorrem,principalmente,nos fins de semana e à noite. Os criminosos chegam a estar armados com fuzis.

Outra moradora diz que a situação dos últimos meses está insustentável. Conforme o relato dela,todos os dias no grupo do condomínio tem alguém dizendo que presenciou ou foi vítima de assalto à mão armada:

— A gente até sabe como os bandidos agem. Eles ficam escondidos na mata ou nos arbustos dos sinais. Então,quando saímos com o carro,eles abordam e levam o celular. Em geral,isso acontece à noite,principalmente nos fins de semana.

Em julho,os sogros dela estavam parados no sinal em frente ao BarraShopping,quando foram assaltados.

— Foi exatamente do jeito que já sabemos. Bateram no vidro e coagiram para que eles desbloqueassem e entregassem o celular. Ainda levaram o relógio do meu sogro. Os meus sogros têm mais de 70 anos. Eles ficaram muito assustados e à base de medicação. Isso acontece todo fim de semana,e nunca tem policiamento por ali. É uma vergonha o governador morar dentro do nosso condomínio e,nem assim,nada ser feito — lamenta ela.

'Volta aquele temor’

Outro morador afirma que os relatos estão mais frequentes. Em junho de 2022,ele foi assaltado por um homem de fuzil próximo ao VillageMall.

— Depois do meu assalto,chegou a melhorar um pouco. Mas,nos últimos meses,piorou de novo. São recorrentes os relatos nos grupos. Há pessoas que ativam o rastreador do celular. Quando são roubadas,conferem a localização,que sempre é na mata entre o Península e a Avenida Luiz Carlos Prestes.

Na época em que foi assaltado,o homem conta que a ação foi parecida com o que tem acontecido nos últimos meses.

— Eles me fizeram desbloquear o celular,viram todos os meus aplicativos e limites de banco,agendaram boletos nas minhas contas. Até ligar para minha família,pedindo Pix,e tentar usar o cartão virtual,eles fizeram. No final,acabaram levando o meu carro também. É horrível ver as coisas assim de novo,volta aquele temor — relata.

O que diz a PM

Em nota,a assessoria de imprensa da Secretaria de Polícia Militar informa que,segundo o comando do 31º BPM (Recreio),a região conta com o policiamento realizado por moto patrulha,policiais a pé,com apoio do Regime Adicional de Serviço (RAS),policiais do Barra Presente e Bairro Presente.

No último mês,segundo a PM,o comandante da unidade se reuniu com representantes da Associação Amigos da Península,que foram recebidos no batalhão,para ouvir as principais demandas.

"É importante ressaltar a importância do trabalho integrado que vem sendo executado com a Polícia Civil,a fim de identificar os autores e prender os criminosos",conclui a nota.

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