Dormir, o sonho de pais e mães

Família dormindo — Foto: Freepik

Ah,o soninho do bebê! Esse é o principal motivo de angústia e exaustão de pais e mães nos primeiros anos de vida. Não é à toa: privação de sono nos faz perder a saúde física e mental aos poucos. Por isso todos anseiam pelo momento de contemplar a imagem da calma e paz absoluta de um bebê dormindo.

O sono é muito valioso para a saúde e o bem-estar. Quando dormimos,o cérebro se livra de resíduos tóxicos que vão se acumulando durante a vigília. Pesquisas apontam que uma dessas substâncias,a proteína beta-amiloide,está relacionada ao desenvolvimento da doença de Alzheimer,por isso o bom sono tem efeito protetivo contra essa condição.

A consolidação da memória e dos aprendizados ocorrem durante esse período. Também é quando são produzidos em maior quantidade hormônios que fazem o bebê crescer e se desenvolver plenamente. O sono adequado melhora a concentração,o foco e resolução de problemas. Já dormir mal leva a dificuldades de raciocínio,falhas na memória,na atenção e na coordenação motora (dirigir com sono é muito perigoso),além de estresse e irritabilidade (uma mãe de recém-nascido conhece bem essa sensação). A falta de um sono apropriado pode levar a transtornos mentais e nos torna mais suscetíveis a doenças crônicas.

Por isso é importante partir do princípio que toda a família precisa dormir bem - não só o bebê (que aliás,é quem dorme melhor na história).

Muitas vezes,o problema do sono se resolve apenas com uma boa rede de apoio - que permita que quem ficou acordado durante a madrugada descanse durante o dia. Claro que quando os pais já voltaram ao trabalho,isso fica mais complicado. Um detalhe importante: se é para alguém ficar acordado,que seja um só. É melhor revezar do que ficarem pai e mãe exauridos.

O maior problema do sono do bebê são as expectativas irreais. Bebês acordam durante a noite,isso é inexorável. "Mas o filho da fulana dorme a noite toda desde 3 meses". Talvez: mas pode ser uma verdade parcial,ou temporária. Muitos bebês dormem bem e aos 5-6 meses começam a acordar várias vezes.

Como dificuldades de sono são muito comuns,esse é um dos temas mais sujeitos a polêmicas. De um lado,os radicais do “sai e deixa chorar até adormecer”. Essa proposta é uma violência,na minha opinião. Como assim abandonar um bebê chorando sozinho? A mensagem que estamos passando é de que ele não pode confiar nos seus cuidadores quando precisa. E do outro,os radicais do “mãe tem que aguentar acordar,mesmo de hora em hora”. Ou “uma consultoria do sono pode destruir a mente do seu filho para sempre”.

É possível encontrar um equilíbrio que promova o bom sono do bebê,sem abandoná-lo,e que também preserve a saúde dos pais.

A maioria dos especialistas concorda que não se deve fazer nenhuma intervenção antes de seis meses,a não ser organizar uma boa rotina diurna e noturna para a criança.

Bebês precisam dormir bem para dormir bem. É isso mesmo: se eles não dormem o suficiente de dia,acumulamhormônios do estresse que vão dificultar e interromper o sono noturno. Por isso é importante saber reconhecer os sinais de sono nos pequenos: eles esfregam o rosto,os olhos,mexem na orelha ou no cabelo. O tônus motor diminui (fica “molinho”). Se estão sentados,caem para o lado,se estão engatinhando,a barriga volta para o chão. Eles bocejam,os olhos ficam avermelhados,piscando mais.

Assim que esses sinais aparecem,é importante levar o bebê para um lugar escuro,tranquilo e fresco,dar de mamar e ajudá-lo a adormecer.

A irritação é um sinal tardio. O bebê chora,pede colo,não quer ficar no berço,chora ainda mais,pede colo de novo e segue irritado. Fica com raiva do brinquedo e/ou do adulto que está com ele. São demonstrações de que já passou da hora de colocar para dormir.

Na próxima coluna vou prosseguir no tema com informações e dicas importantes para que todos na família possam dormir melhor.

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