Caixa empresta 90% da verba para habitação em 2024 e aumenta de 20% para 30% entrada da casa própria

Construção civil. Caixa aperta condições de financiamento — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

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GERADO EM: 15/10/2024 - 04:00

Caixa aperta crédito imobiliário e busca alternativas.

A Caixa Econômica Federal aperta condições de crédito imobiliário,reduzindo a cota de financiamento para 70% e exigindo entrada de 30%. Com alta demanda,o banco foca em imóveis de menor valor e enfrenta escassez de recursos da poupança. Busca de novas fontes de financiamento é necessária devido à alta Selic. A concorrência na concessão de financiamento habitacional cresce,e a Caixa busca alternativas para atender à demanda.

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Diante da escassez dos recursos da caderneta de poupança,a Caixa Econômica Federal está apertando as condições dos empréstimos habitacionais para a classe média. A cota de financiamento foi reduzida de 80% para 70%,o que exige dos mutuários um valor maior de entrada,de 30%. A taxa média das operações beira a 10% ao ano. O banco está mirando imóveis de menor valor e está sendo ainda mais rigoroso na análise de risco para conceder o crédito.

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Os recursos da poupança fazem parte do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE),que financia imóveis de até R$ 1,5 milhão,com juros limitados a 12% ao ano.

A três meses para fechar o ano,a Caixa praticamente esgotou a meta de contratações de R$ 70 bilhões para 2024. Até setembro,foram desembolsados R$ 63,5 bilhões,segundo dados do banco. Ou seja,em nove meses,o banco emprestou o equivalente a 90% de tudo que tinha disponível.

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Com a demanda aquecida,a Caixa,que é líder no crédito imobiliário e abocanha cerca de 70% desse mercado,está administrando os contratos para não suspender as operações. Nas agências,porém,há relatos de contratos cujo financiamento não foi liberado.

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Fachada da casa no Itanhangá que o corretor Michael Magno alugou para a equipe do astro internacional Travis Scott para o Rock in Rio em setembro — Foto: Divulgação

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A vista é o ponto alto da casa em São Conrado alugada por Justin Bieber quando esteve no Brasil para o Rock in Rio em 2013 — Foto: Divulgação

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Sala da casa em São Conrado alugada por Justin Bieber quando esteve no Brasil para o Rock in Rio em 2013 — Foto: Divulgação

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A mansão na Barra da Tijuca comprada por Juliette,vendedora do "Big Brother Brasil 21",está em obras; a agora cantora fez elogios ao trabalho do Michael Magno nas redes sociais — Foto: Divulgação

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O corretor de imóveis Michael Magno na casa do ator Caio Blat,na Barra da Tijuca,que está disponível para compra ou aluguel por temporada — Foto: Divulgação

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Magno na área externa de uma das casas na Barra da Tijuca que está disponível para locação anual (R$ 40 mil mais taxas ao mês) — Foto: Divulgação

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Mansão no Itanhangá dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank disponível para venda — Foto: Divulgação

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Cozinha de madeira e com paredes de vidro da mansão no Itanhangá dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank disponível para venda — Foto: Divulgação

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Casa no Joá disponível para aluguel por temporada,em média R$ 25 mil por diária — Foto: Disponível

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Ilha em Angra dos Reis disponível para local por uma média de R$ 35 mil por diária — Foto: Divulgação

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Piscina no deck e heliponto em ilha em Angra dos Reis disponível para locação por uma média de R$ 35 mil por diária — Foto: Divulgação

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Cobertura no Fasano em Angra dos Reis por a partir de R$ 8 mil a diária — Foto: Divulgação

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Apartamento em Copacabana com locação a partir de R$ 5 mil a diária — Foto: Divulgação

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Cobertura próxima ao Vidigal com diária a partir de R$ 8 mil já foi alugada para programas de TV e do YouTube — Foto: Divulgação

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Publicidade Michael Magno aluga e vende casas para astros nacionais e internacionais

Uma alternativa é utilizar recursos próprios,com os juros mais elevados,o que pode tornar a operação inviável. Geralmente,os empréstimos habitacionais são de longo prazo.

— Estamos administrando — disse a vice-presidente de Habitação,Inês Magalhães.

Banco perde espaço

Segundo ela,a Caixa deverá fechar 2024 com volume de contratações em torno R$ 72 bilhões,o mesmo patamar do ano passado. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip),mostram que a Caixa vem perdendo espaço para a concorrência na concessão de financiamento habitacional para a classe média,com recursos da caderneta de poupança.

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Entre janeiro e agosto deste ano,a Caixa foi a instituição com menor percentual de crescimento nas operações,de apenas 0,09% na comparação com o mesmo período do ano passado. No Bradesco,a alta foi de 0,63% e o Banco do Brasil (BB),34%. Em seguida,estão Itaú e Santander.

Para Inês,é preciso buscar fontes alternativas de recursos como reduzir temporariamente a parcela de compulsório,parte dos depósitos da poupança que os bancos são obrigados a depositar no Banco Central — o que o BC não quer.

Pela legislação,65% dos recursos captados precisam ser direcionados para o crédito imobiliário. Outra fatia,de 24,50% são recolhidos de forma compulsória ao BC,que paga aos bancos a mesma remuneração da poupança. Esse mecanismo faz parte da política monetária enfrenta resistência por parte do BC.

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Recentemente,o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou as regras das Letras de Crédito Imobiliário (LCI),fonte alternativa de recursos,para tornar os papéis mais atrativos,mas ainda assim,a mudança não foi suficiente,segundo Inês.

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Em outra frente seria estimular o mercado secundário,tornar venda de carteiras de crédito imobiliário mais dinâmicas. Entretanto,esse tipo de mercado dificilmente avança num cenário de juros elevados,com a taxa básica da economia,Selic,em 10,75% ao ano,com tendência de alta.

— Precisamos levantar a discussão sobre a necessidade de novos fundings para financiamento da casa própria — disse Inês.

O problema da falta de recursos para o setor imobiliário só não é maior porque o FGTS destinou R$ 120 bilhões para empréstimos no Minha Casa Minha Vida,somando a suplementação de quase R$ 23 bilhões para evitar falta de recursos no último trimestre do ano.

Mas o programa só permite comprar imóvel no valor de até R$ 350 mil e é restrito a famílias com renda de até R$ 8 mil. O presidente Lula prometeu ampliar o programa às famílias de classe média,com renda de até R$ 12 mil,mas a medida não saiu do papel.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic),Renato Correia,disse que a Caixa reduziu o ritmo dos financiamentos e elevou o custo do crédito imobiliário.

— Sendo um banco público,a gente crê que a Caixa não vai paralisar as contratações,mas o financiamento ficou mais caro — disse Correia.

Em nota,a Caixa disse que busca alternativas para atender a demanda: "Informamos que a Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais,inclusive participando de discussões junto ao mercado e governo,com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país,não somente pela Caixa,mas também pelos demais agentes do mercado".

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