De acordo com dados da Bloomberg,pelas 12h55 em Lisboa,o ouro negociava-se a 2.582,64 dólares,contra 2.577,79 dólares na sexta-feira e depois de ter revalidado ao início da manhã os máximos atingidos na madrugada,de cerca de 2.589,70 dólares.
No acumulado do ano,o metal precioso registou uma valorização de mais de 25%.
Na quinta-feira passada,no mesmo dia em que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu baixar as taxas de juro em um quarto de ponto,o ouro atingiu um novo máximo histórico,depois de ter ultrapassado o último recorde que tinha estabelecido na sessão de 20 de agosto.
Desde esse dia,o metal precioso tem vindo a revalidar máximos,num contexto de dólar fraco,queda das 'yields' das obrigações e expectativas crescentes de uma intervenção mais agressiva da Reserva Federal norte-americana (Fed),que poderá cortar as taxas de juro na próxima reunião,esta semana,segundo o analista do IG,Sérgio Ávila,citado pela Efe.
O especialista sublinha que os investidores estão atentos a estes movimentos,procurando proteger o seu capital em ativos seguros como o ouro,que historicamente tem funcionado como um refúgio em períodos de incerteza económica,lembra Ávila.
Acrescenta que "um contexto económico global com sinais de fraqueza nas principais economias,e a possibilidade de flexibilização monetária,consolidaram o ouro como uma opção de refúgio para os investidores".
O analista Felipe Fernández citado pela EFE,indica também que o ouro capitalizou a incerteza gerada pela situação económica global e pela política monetária expansionista dos bancos centrais,e que a fraqueza do dólar americano,juntamente com as expectativas de inflação a longo prazo,impulsionaram o seu preço.
Analistas do grupo Julius Baer,citados pela Efe,acrescentam que o ouro,depois de ter sido impulsionado na primeira parte do ano pelas compras dos bancos centrais e pelo investimento chinês,está agora a concentrar a sua atenção nas perspetivas de crescimento e na política monetária dos Estados Unidos.
"Parece que as expetativas atuais de uma descida moderada das taxas de juro norte-americanas são suficientes para sustentar os preços em torno dos níveis atuais de 2.500 dólares por onça,pelo menos a curto prazo",afirmam os mesmos especialistas,para quem,para uma maior trajetória ascendente a médio e longo prazo,as descidas das taxas teriam de ser mais agressivas em reação a riscos de recessão significativamente mais elevados,cenário que não preveem para já,concluem.