Prevent Senior coloca à venda operação no Rio de Janeiro

Unidade da Prevent Senior em São Paulo. Agência O Globo — Foto: Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 17/09/2024 - 04:00

Prevent Senior busca vender operação no Rio de Janeiro por R$1 bilhão com intervenção da XP.

A Prevent Senior está vendendo sua operação no Rio de Janeiro,mas se não encontrar comprador,continuará em dois meses. A empresa enfrenta dificuldades devido à maioria de beneficiários de planos individuais. A estrutura verticalizada é vista como vital. A ANS afirma que as condições dos contratos devem ser mantidas. O valor pedido é de R$1 bilhão. A XP está envolvida no processo de venda.

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A Prevent Senior,especializada em planos de saúde para adultos com mais de 49 anos de idade,colocou à venda a sua operação no Rio de Janeiro,como antecipou o Valor Econômico. No entanto,com uma carteira composta majoritariamente de beneficiários de planos individuais,a operadora poderá enfrentar dificuldade para encontrar um comprador,avaliam pessoas próximas à empresa e especialistas de mercado.

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Na semana passada,conta uma fonte a par do tema,o mercado já comentava que a Prevent Senior estaria organizando sua saída do mercado do Rio,onde estão perto de 69 mil beneficiários de um total de quase 580 mil.

O presidente da Prevent Senior,Fernando Parrillo,confirmou ao Valor a venda da operadora. Mesmo assim,a empresa ontem informou ter dado início a um “processo de avaliação do valor das operações da empresa no estado”,sem,no entanto,explicar a razão desse movimento,e negou haver,no momento,negociações para a venda da carteira do Rio de Janeiro em andamento.

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A operadora frisou que “qualquer decisão que eventualmente vier a ser adotada será comunicada previamente aos 69 mil beneficiários,pelos canais oficiais,sem prejuízo dos atendimentos,que continuam normalmente e são garantidos pelos contratos atuais”.

Retomada em SP

No início de maio,a Prevent Senior anunciou que iria suspender a venda de seus planos de saúde a partir do dia 10 daquele mês após registrar uma demanda de atendimento “acima do normal” em consequência a surtos de doenças como a dengue.

As vendas foram mantidas,contudo,até o fim de maio,por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

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No início deste mês,a Prevent Senior retomou as vendas,mas somente em São Paulo. Os novos planos têm cobertura apenas na capital paulista e em Santos,Santo André e São Bernardo do Campo,com assistência ambulatorial e hospitalar,sem obstetrícia. O atendimento é realizado em uma rede verticalizada,ou seja,100% própria,entre clínicas e hospitais.

Na semana passada,a operadora informou ao GLOBO que vinha trabalhando na elaboração de um novo produto para o mercado do Rio de Janeiro. Ontem,ela previu retomar as vendas locais em “no máximo dois meses”. Ao Valor,a empresa assegurou que,se não encontrar um comprador,manterá as operações no Rio.

ANS: condições têm de ser mantidas

Especialistas apontam o fato de a Prevent Senior não ter uma rede própria de hospitais no Rio de Janeiro como uma provável razão para a venda da operação. Afinal,a estrutura verticalizada garante o acompanhamento de toda a jornada de atendimento do usuário,o que reduz os custos assistenciais.

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O custo é chave em uma carteira composta majoritariamente por planos de saúde individuais e familiares,aqueles contratados diretamente pelo consumidor e cujo reajuste anual é limitado pela ANS,afirmam especialistas. As empresas do setor argumentam que esse reajuste é insuficiente para cobrir as despesas e o aumento de custos,tornando os planos deficitários.

— Será desafiador ter um comprador para essa operação uma vez que grande parte da carteira da Prevent Senior é de planos individuais,um tipo de contratação da qual o mercado,infelizmente,tem fugido — avalia Adriano Londres,sócio-fundador da consultoria Arquitetos da Saúde.

E completa:

— As grandes operadoras deixaram de comercializar essa modalidade há tempos. As startups que entraram nisso em São Paulo,também. Assim como a Amil,player importante no Rio.

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O valor pedido pela operação no Rio,segundo o Valor,é de R$ 1 bilhão,o equivalente ao resultado da operadora na localidade. Ainda que exista geração de caixa,diz uma fonte de mercado,o Rio representa pouco mais de um 10% do total de beneficiários da Prevent Senior,mas com um custo muito superior ao da rede paulista.

Segundo a ANS,as operadoras podem negociar a transferência de suas carteiras. A agência diz que não recebeu qualquer solicitação da Prevent Senior. E ressalta que,se a carteira for vendida,a nova operadora deverá manter integralmente “as condições vigentes dos contratos adquiridos,sem restrições de direitos ou prejuízos para os beneficiários.”

A XP foi contratada para cuidar do processo. Procurada,porém,não comentou.

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