Portugal em "pleno emprego", mas empresas sentem dificuldade em recrutar

"Nunca houve tantas pessoas empregadas,mas não são suficientes. Portugal vive praticamente em situação de pleno emprego,com muitas empresas a sentirem enormes dificuldades em encontrar os perfis que necessitam para reforçar as suas equipas para prosseguirem com as suas estratégias de crescimento",apontou,em comunicado,a AIP.

 

Segundo um inquérito realizado pela AIP-CCI (Câmara de Comércio e Indústria),uma em cada quatro empresas referiu que o mercado trabalho é o maior desafio que enfrenta,constituindo um entrave à competitividade.

O mercado de trabalho está ainda à frente do sistema fiscal (23%) enquanto responsável pelo baixo crescimento e competitividade das empresas.

"Não podemos continuar com um quadro fiscal que é composto por 4.300 impostos e taxas e,ainda por cima,quando neles incidem 451 benefícios fiscais. Não faz sentido. É preciso que o Governo olhe para este problema que asfixia as empresas e a economia",afirmou,citado na mesma nota,o presidente da AIP,José Eduardo Carvalho.

A estes fatores que limitam a capacidade de crescimento das empresas portuguesas junta-se o contexto internacional,nomeadamente a tensão geopolítica e a conjuntura macroeconómica.

A análise da AIP revelou ainda que mais de metade das empresas considera que a sua situação financeira é "normal" e cerca de 40% como "boa" ou "muito boa".

Por sua vez,7% disseram que é "má" e 1% que é "muito má".

Entre os inquiridos,35% referiram fazer uma gestão exclusivamente assente em fundos próprios e 49% admitiram que,pontualmente,recorrem a capitais alheios.

Já 16% trabalham regularmente com crédito bancário.

No que diz respeito ao investimento,47% das empresas defenderam que será "igual" ao realizado em 2023 e 22% consideraram que vai ser "superior ao do ano passado",enquanto 6% sublinharam que será "muito superior".

O investimento em causa vai ser destinado,sobretudo,ao equipamento produtivo (29%),tecnologias de informação e comunicação (11%) e qualificação de recursos humanos (10,8%).

Para a AIP,é "preocupante" que a grande maioria das empresas ignore a importância do investimento e investigação e desenvolvimento para o futuro das organizações.

Quase metade das empresas indicou que raramente investe nesta área.

A esta análise,realizada no início do segundo semestre,responderam perto de 300 empresas,incluindo sócios da AIP-CCI.

Na edição de 2024,as empresas são dos setores dos serviços (32%),indústria (31%),comércio (23%) e construção (7%).

Mais de 60% das empresas inquiridas têm um volume de negócios de até dois milhões de euros e 53% têm menos de 10 colaboradores.

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