Projeto que leva alegria a enfermos nos hospitais públicos enfrenta problemas financeiros com queda de doações

Projeto que leva alegria a enfermos pede ajuda — Foto: Diculgação

RESUMO

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GERADO EM: 29/08/2024 - 04:31

ONG Doutores da Alegria pede apoio financeiro

O projeto Doutores da Alegria,que leva alegria a pacientes em hospitais públicos,enfrenta problemas financeiros devido à queda de doações. A falta de recursos compromete atividades nos hospitais e projetos culturais. A ONG busca apoio da sociedade para continuar seu importante trabalho. Saiba mais em www.doutoresdaalegria.org.br.

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Há mais de trinta anos,o projeto Doutores da Alegria ajuda a colocar um sorriso no rosto de pacientes em tratamento nos hospitais públicos. O trabalho feito por um grupo de atores palhaços ajuda a humanizar o atendimento aos enfermos. No entanto,a atuação deles está comprometida pela queda no volume de doações.

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A falta de recursos já começa a ameaçar o trabalho nos hospitais. Pelo menos cerca de 40% das ações realizadas junto aos hospitais parceiros já foram impactadas por conta da redução da captação no primeiro semestre do ano,o que prejudicou,consideravelmente,a realização dos projetos que estavam previstos para o período de agosto a dezembro.

— Doutores da Alegria vive de doações de pessoas e de empresas,integralmente,e uma das principais fontes de receita é a lei de incentivo à cultura,onde os projetos aprovados podem oferecer para a sociedade a renúncia fiscal do imposto de renda,4% para empresas e 6% para pessoa física. Este ano encontramos uma dificuldade que foi o modo de apuração de lucro que deixou de ser anual para ser trimestral,e os depósitos para os trimestres não corresponderam ao que anteriormente recebíamos integralmente para o ano seguinte,o que provocou o cancelamento de atividades e redução de salários dos nossos profissionais — aponta Luis Vieira da Rocha,diretor presidente da ONG.

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Projeto busca humanizar atendimento nos hospitais públicos — Foto: Divulgação

Sediada em São Paulo e com unidades no Rio de Janeiro e em Recife,a ONG está suspendendo intervenções que promovem cultura e impactam milhares de pessoas atendidas pelos projetos nas três capitais,entre elas,a abertura de dois novos hospitais em Recife e São Paulo,o Festival Miolo Mole e o projeto Centro de Memória,voltado para a pesquisa de artistas,pesquisadores,estudantes e do público geral. Só no primeiro semestre deste ano,os responsáveis estimam que cerca de 120 mil pessoas foram beneficiadas com as atividades de Doutores da Alegria.

Além dos projetos realizados nos hospitais,o projeto também atua em áreas que contam com o aporte das leis de incentivo à cultura,como a Escola Doutores da Alegria,que traz dois sistemas de formação – um para o público em geral e outro para artistas – com cursos,palestras e programas estruturados a partir da filosofia,dos valores e de uma prática de mais de dez anos de atuação junto a públicos diversos. Dentro da escola,se destaca o Programa de Formação de Palhaço para Jovens,que oferece a jovens em situação de vulnerabilidade social uma iniciação na carreira artística.

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O Programa de Palhaços em Hospitais,coração da organização,já realizou mais de 2,5 milhões de intervenções junto a crianças hospitalizadas,seus acompanhantes e profissionais de saúde. No Rio,conta ainda com o projeto Plateias Hospitalares,que desenvolve a curadoria de uma programação artística permanente e gratuita,que inclui teatro,música,dança,circo e poesia em seis hospitais do Estado e do município,ampliando as relações entre arte e saúde.

Em Niterói,além do Plateias,Doutores atua no Hospital Getúlio Vargas Filho com os “Besteirologistas”,atores selecionados via edital,que acompanham a rotina hospitalar das crianças inspirando um atendimento humanizado realizado em parceria com toda a comunidade hospitalar.

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O trabalho é gratuito para os hospitais e mantido por recursos financeiros obtidos através de patrocínio,doações de empresas e pessoas e por meio de atividades que geram recursos,como palestras e parcerias com empresas. O plano anual de 2024 previa a captação de R$ 12 milhões,mas até o momento a instituição conseguiu captar um terço disso (R$ 4 milhões). Caso o cenário não se altere,o projeto terá que reduzir ainda mais atividades,o que poderá ter impacto também nos colaboradores e elenco para o próximo ano.

—Precisamos chegar até dezembro e não temos recursos suficientes para isso. Estamos tentando,como no início da nossa trajetória,engajar a sociedade,que comprou a ideia de Doutores e esse trabalho estimulou um sem número de outros grupos que hoje atuam dentro dos hospitais — apela o diretor presidente da ONG.

Acessando o site www.doutoresdaalegria.org.br é possível conhecer um pouco mais do trabalho da ONG e saber sobre como doar ou ser parceiro.

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