Presidente da Parpública vai gerir participações do Estado em 19 empresas

A Parpública,sucessora da Partest,é uma sociedade de capitais públicos criada no final de 2000 que concentra as participações empresariais do Estado.

 

Atualmente,segundo a lista disponível na página da Parpública,tem sob a sua alçada as participações em 19 empresas,oito das quais com controlo exclusivo.

As empresas com participação a 100% da Parpública são a Estamo (que gere os ativos imobiliários do Estado),a Florestgal,a Imprensa Nacional - Casa da Moeda,a Companhia das Lezírias (uma exploração agro-pecuária e florestal),o Circuito Estoril,a SIMAB (Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores),a Fundiestamo e a Sagesecur (Sociedade de Estudos,Desenvolvimento e Participação em Projetos de Investimento Valores Mobiliários).

Já a participação na Águas de Portugal é de 81%,seguindo-se a CVP,a Sociedade de Gestão Hospitalar que gere o Hospital da Cruz Vermelha em Lisboa,com 45% e a Inapa com 44,89%. Esta última avançou no mês passado para um processo de insolvência,numa situação onde foram tecidas críticas à atuação da Parpública.

A Comissão Executiva da Inapa chegou a afirmar,no início deste mês,que "nunca foi possível" chegar a uma solução de capitalização da empresa "por indisponibilidade" do maior acionista Parpública,com quem realizou "mais de 50 contactos" para recapitalizar e reestruturar o grupo.

As participações geridas pela Parpública em outras empresas incluem a Galp Energia (8,02%),a MGI Capital (5%),o Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana,(4,77%) e a Lisnave - tanto a divisão de estaleiros navais como de infraestruturas navais (2,97% e 2,08%,respetivamente).

É também de destacar a TAP,com uma participação de 1%,um dos dossiês mais ativos,nomeadamente numa altura em que se espera que o Governo avance com a privatização da companhia aérea.

Na lista encontra-se ainda uma participação de 0,25% nos CTT - Correios de Portugal,bem como na Nos,ainda que a dimensão desta não seja detalhada.

A compra da participação nos CTT apenas foi conhecida no início deste ano,mas ocorreu entre 2020 e 2021 por ordem do anterior Governo. Segundo explicou a Parpública,"a compra de ações dos CTT pela Parpública,realizada até outubro de 2021,ocorreu no cumprimento dos requisitos legais,designadamente o despacho do então ministro das Finanças,precedido do parecer prévio da UTAM [Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial]".

Quanto às contas da Parpública,não está disponível no site o relatório e contas para o conjunto do ano de 2023,mas os dados semestrais mostram que a Parpública registou resultados líquidos de 86 milhões de euros no primeiro semestre deste ano,um aumento de 6,2% em relação ao período homólogo.

O grupo revelou,no relatório do 1.º semestre,que a sua dívida financeira consolidada "manteve a tendência decrescente,ficando em 1,8 mil milhões de euros,representando uma diminuição de 12,2% face ao montante registado a 31 de dezembro de 2022".

Até agora,a Parpública era presidida por José Realinho de Matos,que foi eleito em novembro do ano passado para o mandato de 2023-2025.

O responsável,que era anteriormente vice-presidente da Parpública,está agora de saída,a qual foi justificada com a existência de uma postura mais reativa do que preventiva da administração,bem como com a falta de prestação de informação atempada ao ministério,segundo o Jornal de Negócios.

Quem irá assumir a presidência é Joaquim Cadete,diretor do mestrado de Finanças da Católica Lisbon School of Economics e administrador não executivo da Euronext Securities Porto,tendo integrado a administração do Banif Banco de Investimento entre 2017 e 2018,nomeado pela Oitante,e do Citigroup entre 2000 e 2011.

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