Adesão à greve na STCP ronda os 85%. Denuncia "pressões", diz Sindicato

 

Em declarações à Lusa,o coordenador daquele sindicato,José Silva,adiantou que dos 370 autocarros que "deviam ter saído,só saíram 33" e acusou o administrador da STCP de ter "decretado serviços mínimos em excesso e de andar a pressionar e a ameaçar a torto e a direito os trabalhadores para não aderirem à greve".

À Lusa,confrontado com estas acusações,o administrador da STCP Rui Saraiva repudiou aquelas acusações,garantindo que "nunca o Conselho de Administração pôs em causa o direito à greve".

"O que aconteceu é que temos a decorrer na STCP duas greves,uma às duas últimas horas de cada turno,que teve inicio a 08 de novembro de 2023,e esta agora que começou às 00:00 e vai até às 02:00 de dia 13. Temos duas greves e dois decretos de serviços mínimos pelo Conselho Económico e Social (CES). No nosso entendimento,era a junção desses dois decretos que levava a que pudéssemos fazer uma convocatória para o cumprimento dos serviços mínimo",explicou o administrador.

E continuou: "Ora,o STRUN é de opinião diferente e fez uma contestação junto do CES,que não deu uma resposta taxativa. Mesmo assim,e sendo contra a nossa opinião,sem juízo de valor,o que fizemos foi aplicar para o dia de hoje o decreto dos serviços mínimos do dia de hoje".

Segundo Rui Saraiva,"com isto querer dizer que o Conselho de Administração tentou pressionar os motoristas,não".

"Não o fizemos. Fizemos uma primeira convocatória que conjugava os dois decretos e que deu origem à queixa do STRUN. A nossa preocupação não está num braço de ferro com o sindicato,mas no serviço público que prestamos na Área Metropolitana do Porto,respeitando,por completo,o direito à greve. Nunca o Conselho de Administração da STCP vai pôr em causa o direito à greve",garantiu.

Esta é a segunda greve na STCP em menos de um mês,após a paralisação de 26 horas entre as 00:00 de 22 de julho e as 02:00 de 23,tendo ambas sido convocadas pelo Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte (STRUN).

As duas greves foram convocadas pela alegada falta de resposta da administração a uma proposta de revisão salarial não inferior a 8%,considerando os trabalhadores insuficiente a atualização salarial efetuada pela administração da STCP -- 2% em janeiro e 4,7% em abril.

A administração da STCP assinalou que "chegou a um compromisso para o ano corrente,no passado mês de maio,com quatro dos cinco sindicatos representativos dos seus trabalhadores".

"Estes quatro sindicatos representam a maioria dos trabalhadores da empresa. O único sindicato que não assinou este compromisso foi o STRUN",acrescentou.

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