Tokenização será o motor da transformação no setor financeiro no Brasil, diz diretor de regulação do BC

O diretor de Regulação do BC,Otávio Damaso,aposta em tokenização para transformação financeira no país — Foto: Arquivo

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GERADO EM: 12/08/2024 - 18:35

Tokenização e Transformação Financeira: Perspectivas na América Latina

A tokenização impulsionará a transformação financeira no Brasil,segundo Otávio Damaso do BC. O evento abordou tendências regulatórias na América Latina. O Drex e a evolução do Pix foram citados. O desafio da interoperabilidade e a necessidade de colaboração entre setor público e privado foram ressaltados. Enquanto no Brasil a tokenização é central,no Chile a atenção recai sobre as finanças abertas. O Paraguai busca amadurecer seus sistemas de pagamento.

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A tokenização será o grande ‘drive’ da transformação financeira no país,defendeu Otávio Damaso,diretor de Regulação do Banco Central (BC). Ao lado de representantes de bancos centrais de outros países latino-americanos,como Chile,Colômbia e Paraguai,Damaso debateu as principais tendências regulatórias na região.

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Eles participaram de painel sobre desenvolvimentos regulatórios e tecnológicos no Finance of Tomorrow (FoT),evento que discute o futuro da regulação financeira na América Latina e Caribe no Museu do Amanhã,no Rio.

O diretor do BC disse não acreditar no conceito de finanças descentralizadas (DeFi) “pura”,mas avalia que a tokenização será ferramenta fundamental para a evolução do mercado.

— Com uma quantidade de projetos que são apresentados no BC,tudo ainda em power point,temos ideias interessantes,alargando o período regulatório e trazendo outros ativos não financeiros para o centro do debate — afirmou ele.

Por conceito,a tokenização de um produto ou serviço é a reprodução digital de um bem ou serviço. Isso se aplica a diferentes itens,desde um título de dívida e ação de uma empresa,até uma obra de arte,por exemplo.

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Damaso ressaltou ainda a importância do Drex,a moeda digital do Banco Central,como uma ponte entre as finanças tradicionais e o universo DeFi.

— O Banco Central tem apostado no Drex justamente por esse motivo: criar um elo robusto entre as finanças centrais e as finanças descentralizadas — disse.

O diretor do BC também citou o Pix e o Open Finance como iniciativas com espaço para evolução nos próximos anos. Ele acredita que o avanço no uso de dados possibilitará aumento da personalização nos produtos financeiros.

Finanças abertas e interoperabilidade

Já Kevin Cowan,professor de Finanças e Regulação na Universidad Adolfo Ibáñez (UAI) no Chile,mencionou o setor das finanças abertas como uma das áreas prioritárias a serem endereçadas no país nos próximos anos. Segundo ele,tanto a indústria quanto o regulador têm um longo percurso pela frente nessa área.

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A interoperabilidade dos sistemas financeiros também foi citada como uma das questões mais desafiadoras.

— Trabalhamos com pagamentos via reconhecimento facial,entre outras inovações,mas precisamos de um marco regulatório robusto para garantir que o comércio e os consumidores tenham sistemas interoperáveis,promovendo assim a concorrência e a inclusão — defendeu.

O desafio tecnológico e a necessidade de uma colaboração entre o setor público e privado no âmbito da descentralização também foram citados por Cowan. Diferentemente do Brasil,que colocou a tokenização como principal tendência,Cowan ponderou que essa passa por contratos complexos e que ainda há muito espaço pela frente para avanço:

— Acho que isso (a tokenização) é mais pra frente. O foco nos próximos não deveria ser no âmbito que está em andamento,mas sim sobre como essa tecnologia trará benefícios concretos aos usuários.

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Já Humberto Colmán,do Banco Central do Paraguai,destacou que os sistemas de pagamentos do país precisa ser amadurecidos.

— Existem novas funcionalidades,como o QR Code,as identificações. A população começa a ter mais familiaridade com as ferramentas — afirmou.

Colmán também destacou a importância de conectar instrumentos de poupança digitalizados aos sistemas de pagamento,facilitando o acesso e a gestão dos recursos pelos cidadãos.

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