O governante,que visitou hoje a fábrica de conservas Ramirez,em Matosinhos,respondeu assim a críticas sobre o preço aplicado à destilação do vinho,um método para aproveitar o álcool da produção,que está com elevados 'stocks' e dificuldades de escoamento.
A Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal (Fenadegas) contestou hoje o preço pago pelo litro de vinho destilado,notando ser um "total desrespeito" pelas denominações de origem,e antecipou a revolta dos agricultores.
"Eu não quero andar aqui a pôr as regiões umas contra as outras,mas é verdade que a produção de vinho numa região é diferente da de outra região",referiu.
"Se perguntar a uma região se aceitava que o que ela paga e que está cativado pudesse ir para outra,tenho dúvidas que houvesse essa aceitação e é impossível termos um algoritmo que traduzisse com absoluta justiça" aquilo que é "o preço por litro".
O governante lembrou que Portugal conseguiu 15 milhões de euros provenientes de verbas europeias para apoiar neste esforço,sendo que,o diploma que foi publicado em Diário da República,em 05 de agosto,que define as normas de execução do apoio em causa,determina que todo o vinho a destilar seria pago a 0,42 euros por litro.
O ministro disse ainda que,em relação ao Douro,onde também se têm registado manifestações,foram adicionados 0,33 euros a este valor.
O governante pretende ainda "aumentar enormemente a fiscalização no que diz respeito à entrada ilegal de vinho" em Portugal.
"Eu entendo muito bem as dificuldades",assegurou,adiantando que está "permanentemente no terreno",acrescentando que "começa a haver quase desespero" no setor,voltando a realçar que esta medida é um "paliativo".