Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice Dow Jones recuou 1,21%,na que foi o seu pior desempenho desde maio,o tecnológico Nasdaq perdeu 2,3% e o alargado S&P500 caiu 1,37%.
A atividade industrial nos EUA registou em julho a sua quarta queda mensal consecutiva,e em agravamento,sempre penalizada pelas taxas de juro elevadas,que pesam sobre o consumo e o investimento,apurou o inquérito feito pela associação profissional ISM.
O índice que mede esta atividade caiu para 46,8%,menos 1,7 pontos do que em junho,novamente abaixo do limiar dos 50%,o que sinaliza uma contração da economia.
Para mais,o valor divulgado ficou abaixo dos 48,9% esperados pelos analistas,que antecipavam uma contração menos severa do que tinha ocorrido em junho.
E as inscrições semanais para o subsídio de desemprego,também divulgadas hoje,mas relativas à passada sexta-feira,atingiram o máximo de um ano,nos 249 mil,acima do previsto.
"As notícias macroeconómicas causaram medo nos investidores,em particular o ISM,que se contraiu",observou Peter Cardillo,da Spartan Capital.
"Os investidores começam a recear que a economia arrefeça ao ponto de provocar uma recessão dentro de oito a 12 meses",acrescentou.
Os rendimentos obrigacionistas baixaram para menos de quatro por cento no caso dos títulos a dez anos,para 3,96%,uma novidade desde fevereiro.
"Normalmente,o recuo dos rendimentos obrigacionistas é bom para o mercado acionista,mas desta vez os investidores estão a ver isso de outra maneira",apontou Cardillo.
"Os investidores questionam-se se a economia não está a arrefecer demais",desenvolveu.
Na véspera,os mercados tinham conhecido um dia de alta no seguimento de uma reunião da Reserva Federal,que não excluiu uma redução da taxa de juro em setembro.
Na sexta-feira,mesmo antes da abertura da bolsa,o Departamento do Trabalho vai divulgar os números do emprego nos EUA em julho. As previsões dos economistas,avançadas pela MarketWatch,são de uma criação de 185 mil postos de trabalho,abaixo dos 206 mil de junho.