Este é o segundo aumento anunciado pelo BoJ este ano,representado um novo passo para a normalização da política monetária do país.
Além desta decisão,que se segue ao aumento de 0,1% em março,pondo fim à política de taxas negativas,o banco central japonês decidiu reduzir progressivamente a compra maciça de obrigações do tesouro,durante a reunião da junta de política monetária,agora concluída.
O BoJ decidiu este aumento da taxa de juro tendo em conta que "a atividade económica e os preços se desenvolveram,de modo geral,ao mesmo tempo que os aumentos salariais que "se estenderam" no país,de acordo com o documento aprovado pela entidade.
Apesar disto,o banco central nipónico previu que as taxas de juro reais "permaneçam significativamente negativas" e confirmou que vai manter "condições financeiras" que "apoiem firmemente a atividade económica".
O BoJ anunciou também que "vai continuar a aumentar as taxas de juro de referência" nos próximos meses e a ajustar o grau de estímulos monetários,caso as últimas previsões macroeconómicas da instituição se cumpram.
Estas previsões apontam para um crescimento económico de 0,6% no atual exercício fiscal,que vai terminar em março de 2025,e uma inflação (sem incluir o preço dos alimentos frescos) de 2,5% para o mesmo período.
As taxas de juro baixas em vigor no Japão há mais de uma década,juntamente com a compra maciça de obrigações do tesouro e outros ativos,mantinham o banco central nipónico num caminho muito diferente do da Reserva Federal dos Estados Unidos ou do Banco Central Europeu,que aplicaram sucessivos aumentos dos juros e retirado outros estímulos nos últimos anos.
A estratégia do BoJ destinava-se a conseguir uma inflação anual de cerca de 2%,um objetivo já ao alcance da quarta economia mundial,mas que é um dos fatores de depreciação do iene frente ao dólar e ao euro.