Lucro da Jerónimo Martins cai 29% para 253 milhões no 1.º semestre

"No período,a margem EBITDA [resultado antes de impostos,juros,depreciações e amortizações] foi substancialmente pressionada pela combinação do desacelerar significativo da inflação alimentar,num movimento de correção dos aumentos extraordinários verificados nos anos anteriores,com uma elevada inflação ao nível dos custos,essencialmente motivada pela subida dos salários",destacou a dona do Pingo Doce,na mesma nota.

 

Os resultados do grupo incorporam uma dotação inicial de 40 milhões de euros da recém-criada Fundação Jerónimo Martins,indicou a empresa.

"O desempenho do segundo trimestre deste ano incorpora,para além da deflação,o efeito negativo de calendário,essencialmente devido à Páscoa que em 2023 ocorreu no segundo trimestre do ano",explicou ainda o grupo.

As vendas,por sua vez,cresceram 12,3% para 16,3 mil milhões de euros,adiantou.

O EBITDA subiu 3,5% para mais de mil milhões de euros,"acusando a pressão do investimento em preço e da desalavancagem operacional",referiu o grupo.

Na Polónia,a cadeia Biedronka registou vendas de 11,5 mil milhões,mais 11,9% do que no primeiro semestre do ano passado,e abriu 60 lojas no período (51 lojas líquidas),tendo realizado 104 remodelações.

A Hebe,atingiu vendas de 271 milhões de euros,30,6% acima do primeiro semestre do ano anterior. A insígnia abriu "17 lojas no mercado polaco,terminando o período com um total de 359 lojas na Polónia e duas na República Checa".

Em Portugal,o Pingo Doce registou vendas de 2,4 mil milhões de euros,um crescimento de 5,9% e o programa de remodelações abrangeu 41 lojas no semestre.

O Recheio registou vendas de 645 milhões de euros,2,1% acima do primeiro semestre do ano anterior,adiantou a Jerónimo Martins.

Na Colômbia,a Ara contabilizou vendas de 1,4 mil milhões de euros no semestre,32,1% acima do período homólogo. "A insígnia inaugurou 59 novas lojas,fechando o semestre com um parque de 1.349 localizações",referiu o grupo.

O programa de investimentos da Jerónimo Martins atingiu um valor de 396 milhões de euros,tendo o 'cash flow' gerado no período sido "negativo em 383 milhões de euros,após o pagamento dos dividendos e refletindo os diferentes efeitos do abrandamento do crescimento das vendas,em muito induzido pela passagem abrupta de níveis muito elevados de inflação para deflação".

A Jerónimo Martins indicou ainda que,para este ano,o seu programa de investimento deverá totalizar 1,2 mil milhões de euros,em linha com o realizado em 2023.

O grupo antecipa adicionar entre 130 e 150 localizações líquidas à rede de lojas Biedronka. Já a Hebe,na Polónia,prevê a abertura de cerca de 30 novas localizações no ano.

O Pingo Doce prevê remodelar entre 60 e 80 lojas e inaugurar perto de 10 novas localizações.

O grupo espera abrir perto de 150 novas lojas Ara,"enquanto investe em nova capacidade logística para 2024 e 2025,sendo que um dos novos centros de distribuição já abriu no início deste ano",referiu.

[Notícia atualizada às 19h39]

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