Comprar casa? Entre impostos e comissões, quanto precisa (mesmo) de ter?

Comprar uma casa pode fazer parte dos sonhos de alguém,mas até chegar a um plano concreto,é preciso ponderar muitas coisas,nomeadamente,o que pode parecer mais óbvio: a situação financeira.

Entre impostos,comissões e entrada,a DECO PROTeste fez as contas para perceber quanto dinheiro tinha um eventual comprador que disponibilizar para avançar com o pé direito nesta compra.

"Se está a pensar comprar casa e vai pedir um empréstimo,além das contas à prestação que passará a pagar ao banco,às quotas do condomínio,aos seguros e ao imposto municipal sobre imóveis (IMI),terá de prever uma longa lista de despesas e de adiantamentos a pagar até à transação se concretizar",alertam os especialistas.

No artigo publicado no site da DECO PROTeste,é preciso pensar nas comissões,impostos ou escritura,que podem totalizar milhares de euros. "Se considerar um imóvel de 250 mil euros,financiado a 80% pelo banco,inicialmente,deve dispor de uma quantia superior a 60 mil euros",referem ainda.

Mas comecemos pelo início,ou seja,o crédito à habitação

Os especialistas dão conta de que é preciso pensar na situação financeira,assim como fazer uma análise à mesma - pensando,principalmente,nas taxas de juro,que têm aumento "nos últimos anos".

"Tenha especial atenção à sua taxa de esforço. Esta corresponde à percentagem do seu rendimento mensal que é canalizada para o pagamento de créditos (à habitação e outros) e que,idealmente,não deve ultrapassar os 35%",alertam,acrescentando que a opção mais vantajosa não é a "necessariamente a que apresenta taxas de juro mais baixas". Para saber mais sobre os créditos à habitação e qual será o mais adequado,a associação disponibiliza um simulador.

Mas,sendo assim,o que deve ser tido em conta?

Segundo a DECO PROTeste,mais do que olhar para as taxas de juro,deverá 'mirar' a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG),"que reflete o custo total do empréstimo,e que inclui não apenas o valor da prestação mensal,mas também o das comissões bancárias (iniciais e de manutenção de conta,por exemplo),o imposto do selo e ainda os custos dos produtos subscritos para bonificar o spread,como cartões de débito e de crédito,e os seguros de vida e multirriscos‑habitação".

Os primeiros passos...

Para obter as condições de financiamento de crédito "concretas" terá de fornecer ao banco alguns comparativos de rendimentos e despesas,entre os quais folhas de ordenado,extratos bancários e a nota de liquidação do IRS.

É nesta fase que terá de começar a 'abrir os cordões à bolsa' e contar que os encargos iniciais variam de banco para banco. "Neste momento,a fatura pode ir de 603,20 euros a 1338,48 euros,dependendo da instituição",apontam.

Também a avaliação do imóvel é algo que se tem de pagar,rondando esta situação os 250 euros. Esta análise servirá de base ao cálculo do montante que o banco concederá ao cliente.

Mas quanto é que vai 'receber' do banco?

A DECO PROTeste dá conta de que a maioria das instituições financeiras financia a compra de uma casa "até 80% ou 90% do menor valor entre o da avaliação e o de aquisição". E o que é que isto significa? "Que terá,necessariamente,de dispor do restante – para um imóvel de 250 mil euros,50 mil euros,caso o banco empreste 80%,ou 25 mil euros,se financiar 90 por cento",explicam.

O sinal no contrato-promessa compra e venda

"Por altura da assinatura do contrato‑promessa de compra e venda,o CPCV,é habitual pagar-se ao proprietário do imóvel um sinal correspondente a 10% do valor da casa. Este contrato não é obrigatório,mas "altamente aconselhável",sublinham os especialistas,explicando que desta forma são salvaguardados interesses.

"Preferencialmente,o CPCV deve ser assinado somente quando tiver a certeza de que o banco lhe concederá o empréstimo. Se,eventualmente,não conseguir ter essa garantia,o contrato deve prever a possibilidade de a não-concessão do crédito inviabilizar o negócio,sem penalização para o comprador",avisam.

E a escritura?

Entre outras despesas,terá de ser pago também o valor correspondente ao imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis,ou IMT. "No caso de um imóvel para habitação própria e permanente,localizado em Portugal Continental,com um custo de 250 mil euros,o valor a pagar será de 7477,58 euros,acrescidos de 2000 euros de imposto do selo sobre a aquisição",exemplificam.

Contas feitas,de quanto precisa para comprar uma casa?

Tendo sempre como exemplo um imóvel no valor de 250 mil euros e um financiamento bancário correspondente a 80% desse valor,a DECO PROTeste conta com os encargos abaixo:

Comissões iniciais – entre 603,20 euros e 1338,48 euros;

Sinal (contrato-promessa de compra e venda) – 25 000 euros;

IMT e imposto do selo – 9477,58 euros;

Escritura (Casa Pronta) – 700 euros;

Imposto do selo sobre o financiamento – 1200 euros;

Restante entrada – 25 000 euros;

TOTAL – 61 980,78 euros (valor mínimo).

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