A ministra da Igualdade Racial,Anielle Franco — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 18/06/2024 - 19:05
Anielle Franco aguarda por justiça
Anielle Franco espera por um julgamento rápido após STF aceitar denúncia contra os acusados pela morte da vereadora Marielle Franco. Brazão e delegado se tornam réus. Delação de ex-PM foi crucial na investigação.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
A ministra da Igualdade Racial,Anielle Franco,disse nesta terça-feira,18,após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réus os cinco acusados pelos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes,que espera um “julgamento rápido”.
Os cinco ministros votaram por unanimidade pelo recebimento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso,o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ),o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão,o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa,além dos policiais militares Ronald Pereira e Robson Calixto Fonseca se tornaram réus e irão responder a uma ação penal.
Irmã de Marielle — morta a tiros em março de 2018 —,Anielle publicou nas redes que o dia era “muito esperado pela família e pela sociedade brasileira durante esses anos”. “O Brasil quer e precisa de justiça por Marielle e Anderson!”,escreveu.
Segundo a PGR,Marielle era "a principal opositora e o mais ativo símbolo da resistência aos interesses econômicos dos irmãos" e "matá-la significava eliminar de vez o obstáculo e,ao mesmo tempo,dissuadir outros políticos do grupo de oposição a imitar-lhe a postura".
A conclusão da investigação foi possibilitada pela delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa,que confessou ter assassinado Marielle e disse ter sido contratado pelos Brazão. De acordo com Lessa,Rivaldo teria participado da organização do crime e teria garantido a impunidade.
Os cinco denunciados estão presos preventivamente e negam participação no crime.